segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

ENSINAMENTOS DO MESTRE ANDRÉ GALVÃO



O jiu-jitsu é uma arte milenar e muito conhecida pela suas torções, chaves, estrangulamentos e quedas.Todos os seus golpes estão ligados com a força de alavanca, ou seja, ter o melhor resultado com o mínimo de esforço. Toda arte marcial trabalha com movimentos de ação e reação e é claro que o jiu-jitsu não fica por fora disto.

O principal objetivo é a finalização, no meu ponto de vista e é o que mais devemos buscar em uma luta, pois com isto em mente, o praticante sempre estará na frente do pensamento do seu adversário. Muitos que praticam a arte suave treinam e lutam somente para a pontuação. Isto é estrategicamente correto, mas não é o principal objetivo da luta. Em minha opinião, isto limita o praticante da arte. Em todas as coisas devemos ter nossos objetivos traçados e no jiu-jitsu o principal objetivo é a finalização. Para se tornar um grande finalizador, o atleta deve colocar isto em prática nos treinamentos e na mente.

Repetir as finalizações básicas pelo menos três vezes na semana vai ajudar bastante. Finalizações básicas são as finalizações mais usadas no jiu-jitsu (arm-lock, triângulo, omoplata, kimura, americana, mata-leão) são estas também as que mais vimos em campeonatos e as que você pode fazer em várias situações (montada, cem quilos, por baixo, por cima, nas costas). Delas podemos partir para outras posições mais confortáveis durante a luta.

Muitas vezes as posições de maior controle e as mais confortáveis para executar uma finalização são: Montada e Costas. E não e à toa que são estas também as posições que mais valem pontos no jiu-jitsu, sendo assim sabemos que são posições de total controle em certo momento da luta. Mas isto não quer dizer que devemos esquecer das finalizações em outras situações como guarda e cem quilos.

As finalizações básicas são posições que caminham juntas. Pense bem, de um arm-lock o atleta pode partir para um triângulo, de um triângulo para uma omoplata e de uma omoplata para um triângulo, e de um triângulo para um arm-lock e assim vai. Sempre que o praticante atacar usando uma certa posição, ele sempre deve pensar em duas ou três na frente, e o resultado disto é a repetição e um treinamento com sintonia, isto é, com sincronia de posições, não adianta aprender posições que estão uma longe da outra. Exemplo: O praticante aprende um triângulo e guilhotina no mesmo treino, claro que ele vai aprender algo novo, mas não são posições que caminham em seqüência, encaixar um triângulo e se caso o adversário defenda, é difícil já logo encaixar uma guilhotina na seqüência.

O que vai ajudar muito é o treinamento específico da posição que o praticante está aprendendo. Assim tem como analisar seus erros e dificuldades durante o treinamento da posição. Ex: O atleta aprende finalizações da guarda fechada, sendo assim faz o treino de luta exatamente começando da posição de guarda fechada e buscando sempre as posições que aprendeu. Assim o atleta sempre terá objetivo em seu treinamento de chão e aprendendo cada vez mais sentido à posição em uma movimentação de luta.



André Galvão

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